O Favela Surf Clube é um projeto que já existe há 22 anos, no complexo de morros do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho. A iniciativa oferece gratuitamente aulas de surfe, oficina de fabricação de pranchas, aulas de percussão para as crianças da comunidade. Além de dar condições para a prática de surf a meninada.
Sob a coordenação de Rogério e Thiola mais de 200 crianças tiveram a oportunidade de inclusão social, e muitas delas trocaram uma vida errada por um estilo de vida saudável. “Não fosse o amor pelo esporte e por uma vida saudável, muitos meninos desceriam a mesma escada (comunidade do Cantagalo) com um fuzil em punhos.”, acrescenta.
A proposta original de ajudar na profissionalização dos surfistas do morro, aliada ao objetivo de fazer do surf uma opção viável para, em média, os 50 garotos participantes do projeto. A ONG trabalha para que crianças dos morros cariocas possam escolher entre um fuzil AR-15 e uma prancha 6'5''.
A sede do Favela Surf Clube fica em uma sala no CIEP de Ipanema, doada pela prefeitura ainda nos tempos de Surfavela. O projeto está aberto para moleques de qualquer morro que queiram surfar e não tenham condições financeiras. "Participam crianças do Cantagalo, do Vidigal, da Rocinha e da Cruzada. A única coisa que exigimos é que eles estejam estudando", afirma Thiola. "O pessoal do asfalto acha que todos que moram no morro têm a mente destruída. Queremos provar o contrário", completa.
CURIOSIDADES
· Um dos fundadores da ONG foi expulso, acusado de se beneficiar do dinheiro doado ao projeto.
· Vários surfistas gringos, como Tom Carroll, Barton Linch, Lisa Andersen e Mike Parsons, foram visitar a sede e doaram equipamentos.
· A ONG passou pelo Lar Doce Lar, no Caldeirão do Huck, no dia 6/03/2010, e foi totalmente reformada.
· Em 1983 tinha apenas uma prancha, sem quilha, para ser dividida com 33 surfistas. Quem acordasse mais cedo ganhava o direito de surfar, enquanto os demais esperavam na areia.
· A ONG já tirou muito moleque do crime, mas também já perdeu alguns. Buchecha que faturou vários campeonatos amadores e chegou perto de se tornar profissional, não resistiu à tentação e se envolveu com o tráfico. Seu final foi trágico, ele levou um tiro na perna e hoje não consegue mais surfar.
· Maya Gabeira, hoje Big Rider, bicampeã da Billabong XXL, aprendeu a surfar no projeto.
Para quem quiser mais informação, ou ajudar de alguma forma a ONG, entre em contato com o e-mail: favelasurfclube@gmail.com, ou ligue para Rogério no (21) 8806-0669 ou para Thiola no (21) 9774-0042. O endereço de lá é Rua Saint Romain, 200, Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário