Bergwind

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

IATISMO: MUITO MAIS DO QUE UM ESPORTE



A COMPETIÇÃO

As competições envolvem os mais diferentes tipos de embarcações, separadas em categorias, conhecidas como classes, podendo ter um ou dezenas de tripulantes. A mastreação e o número de velas também variam conforme a classe. As provas são disputadas em percursos delimitados por bóias, ilhas ou continentes, variando em duração desde poucas horas até mesmo vários dias, no caso das travessias oceânicas.

A cada regata (como são chamadas as competições dos esportes náuticos) o barco soma determinados números de pontos, de acordo com sua posição de chegada. Vence aquele que somar o menor número de pontos ao final da série de regatas.

Existem três tipos comuns de regata: a competição convencional, onde todos os barcos competem entre si; o match-race que é a forma barco contra barco, com uma contagem de pontos diferente da regata convencional (sendo o match-race mais famoso a America's Cup, que também é a regata e competição esportiva mais antiga do mundo); e a terceira e menos comum, normalmente praticada em barcos de monotipo, é a em equipe, que consiste em um complexo sistema de pontuação onde as equipes (normalmente separada por Clubes) competem umas contra as outras.



ESPORTE COMO FILOSOFIA DE VIDA

A Vela é um esporte indicado para qualquer tipo de pessoa, onde se emprega somente a força do vento como meio de deslocamento.

Quem pratica garante que o esporte proporciona um prazer indescritível. Entretanto, para começar a praticar a vela, é preciso antes de tudo vontade e disponibilidade de tempo para se dedicar ao esporte.

Depois de feito um curso, com aproximadamente 20 horas de aula, o aluno está apto para começar a velejar.

Como pré-requisitos básicos, o iniciante não precisa necessariamente saber nadar, mas se souber, ajuda para adquirir mais autoconfiança. Qualquer pessoa pode praticar esse esporte e mesmo começando do zero, adquirir um bom desempenho.

A Vela é indicada também para aqueles que possuem alguma deficiência física, pois existem barcos adaptados de acordo com a incapacitação de cada um, tanto para uma competição de igual para igual ou simplesmente velejar.

Outro benefício é o fato do esporte não ter hora certa para começar ou parar. Uma criança de cinco anos, já tem condições para começar a “brincar”. Para esta, é um tipo de esporte que ajuda a desenvolver desde cedo o raciocínio, pelo fato de ser obrigada a tomar decisões durante o percurso. O contato com a natureza também é outro fator importante. Além de ser um esporte 100% ecológico.

Na primeira fase do contato com a modalidade, qualquer embarcação é adequada para o iniciante. Numa fase posterior, a escolha da classe é importante, e deve ser condicionada pela opção de seguirmos a via do rendimento desportivo ou do lazer. Para esta escolha, deve ser consultado o técnico do Clube responsável por esta área.

As vantagens dessa prática vão além da questão física. O iatismo traz benefícios também psicológicos para o atleta. O prazer de velejar é indescritível e o esporte acaba virando uma filosofia de vida.

Do ponto de vista quantitativo, o Brasil cresceu muito no esporte, entretanto o percentual é muito baixo, visto que possuímos tantos locais apropriados para a Vela, afirma Nelson (velejador veterano).

“Se formos partir do olhar qualitativo, vemos como o nosso país possui atletas de alto nível, clubes altamente estruturados e bem equipados. O diferencial de nossos atletas pode ser visto hoje no desempenho em competições em todo o mundo”, completa.

Para quem se interessou em praticar o esporte, é simples. Basta se informar, procurar uma escola especializada e dar boas velejadas. Entretanto, esteja preparado, pois assim como afirma Nelson, quem começa, não consegue mais parar.

CURIOSIDADES

- Nelson Ilha, gaúcho de 47 anos, é um velejador envolvido com o esporte praticamente desde que nasceu. Porém, a nível competitivo, participa de campeonatos desde 1972. Com a participação em quatro olimpíadas, vários campeonatos mundiais, já faturou vários títulos durante toda sua carreira.
Membro da ISAF, Federação Internacional de Vela, e capitão da Diferencial Saling Team, Nelson Horn Ilha assumiu também o posto de presidente da Associação das Federações Esportivas do RGS, AFERS.

- A Vela é um esporte olímpico desde 1900. E é a modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A ARTE DE ANDAR SOBRE QUATRO RODAS



Com o intuito de fazer das pranchas de surfe um divertimento também nas ruas, na década de 60, na Califórnia, surgiu o skate. Como era uma época de marés baixas e seca na região, o cenário era ideal para essa nova modalidade de esporte radical.

Os skates eram muito primitivos, não possuíam nose nem tail, era apenas uma tábua e quatro rodinhas. O crescimento do "surf no asfalto" se deu de uma maneira tão grande, que muitos dos jovens se renderam ao esporte. Surgiam então os primeiros skatistas da época.

O free style dominava, os skatistas usavam e abusavam deste tipo de manobra. No ano de 1965 se comercializaram os primeiros skates fabricados industrialmente e começaram as primeiras competições.

Ele teve seu auge em meados dos anos 70, quando ocorreu um fato que chocou os skatistas: a revista Skateboarder, uma das mais importantes sobre o assunto, anunciou a sua mudança de planos, agora cobrindo assuntos sobre competições de Biker's.

Foi quando se deu a “morte” do skate. Muitas pistas fecharam, e muitos abandonaram o esporte, apenas ficando os que realmente gostavam. Esses skatistas - que perderam suas pistas e suas revistas - lançaram-se a andar nas ruas, usando tudo que achavam no cotidiano como obstáculos. Daí se deu o street skate.

ANOS 70

Lá pelos anos 70 houve o racionamento de água nos EUA, e muitas pessoas tiveram que esvaziar suas piscinas. Foi aí que os skatistas perceberam que essas piscinas vazias poderiam ser ótimos obstáculos. Surgia assim o "skate vertical".

ANOS 80

Nos anos 80 o skate volta ao seu auge, com a inovação dos skates, e a utilização das pistas em "U" - os half pipes. O skate retorna às suas origens de muitos adeptos, e com o aparecimento de vários nomes do skateboard mundial: Steve Caballero, Tony Alva, Tom Sims, entre outros que contribuíram para o progresso do skate.






ANOS 90

Nos anos 90, o brasileiro Bob Burnquist elaborou a última grande revolução no skate: o Switchstance vertical. Essa é a técnica de se praticar o esporte com a base trocada. Já era difundida na modalidade street, mas Bob foi o primeiro a popularizá-la na modalidade vertical. A partir daí, o skate passou a não ter mais "lado", ou seja, não existe mais a frente nem o parte de trás. Essa técnica quadruplicou o número de variações possíveis nas manobras. Para um skatista que deseja competir, é imprescindível o domínio de tal técnica.

Nesta década também foi inaugurado o Circuito Brasileiro de Skate Profissional, em 1993, e realizado pela União Brasileira de Skate (UBS).

No ano de 1995 Digo Menezes conquista o primeiro título mundial de vertical para o Brasil.

Em março de 1999 foi fundada em Curitiba a CBSk (Confederação Brasileira de Skate), a entidade que regulamenta as normas e políticas voltadas ao desenvolvimento do skate no território brasileiro.

ANOS 2000

Fundada por mulheres, em São Paulo, a Associação Brasileira de Skate Feminino.

Em 2001 Og de Souza, um skatista que na sua infância sofria de poliomielite, foi citado nas revistas Tribo Skate e CemporcentoSKATE, e em seguida, ganha o campeonato profissional no Best Trick.

Em 2008 Mega Rampa chega ao Brasil, foi montando no Sambódromo do Anhembi pelo skatista dos anos 80 George Rotatori.

ALGUMAS CURIOSIDADES

• No período entre 1978 e 1989 era proibida a posse ou venda de skate na Noruega. Esta medida foi devido à elevada quantidade de ferimentos causados pelo esporte. A proibição levou os skatistas construir rampas nas florestas e em outras áreas isoladas para evitar a polícia.

• Relatou-se publicamente que o Corpo de Marines dos Estados Unidos testou o skate, nos anos 90, em combate urbano.

• Não se sabe ao certo de onde surgiu skate, mas muitos falam que veio do surf, outros dos patins quebrados com suas partes se montavam skate em uma madeira.

• O ator Jason Lee foi um dos primeiros skatistas a ter seu "pro model shoe", feito pela Airwalk.

• Peggy Oki, 1965 foi a primeira skatista mulher. Ela era do grupo Z-Boys.

• A primeira mulher a se tornar skatista profissional foi Patti McGee, no ano de 1965, no mesmo ano foi capa da revista Life Magazine.

• Letícia Bufoni fez uma propaganda de desodorante feminino na qual ela anda de skate com salto-alto e vestido vermelho, descendo corrimão de rockslide.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MOUNTAIN BIKE, OS BENEFÍCIOS A SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE


O Mountain Bike é praticado em estradas de terra, trilhas de fazendas, em montanhas, dentro de parques e até mesmo na cidade.

É um esporte que envolve resistência, destreza e autossuficiência. Como é comum a prática do esporte em locais isolados, o aspecto de autossuficiência é importante para que o ciclista consiga realizar pequenos reparos em sua bicicleta.

A hidratação e a alimentação adequadas antes, durante e após a atividade também são importantes, assim como o alongamento, que deve ser feito sempre antes e após a prática.

HISTÓRIA

A modalidade desportiva nasceu na Califórnia, no meio da década de 1950, através de brincadeiras de alguns ciclistas e de surfistas que procuravam desafios bem diferentes das competições de estrada tradicionais e atividades para dias sem ondas.

Até onde se sabe, a primiera pessoa a modificar uma bike exclusivamente para andar na terra foi James Finley Scott, em 1953. Ele utilizou um quadro para passeio Schwinn, pneus largos, conhecidos como balão, guidão recto, travões cantilever e desviadores traseiros e dianteiros.

Tom Ritchey e Gary Fisher são outros nomes que aparecem como pioneiros na prática do esporte e no desenvolvimento de componentes em série, como futuramente bicicletas próprias para o novo estilo.

Joe Breeze confeccionou a primeira bicicleta para a prática do Mountain Bike, a Breezer, em 1° de outubro de 1977.

EQUIPAMENTOS

O equipamento mínimo, além de uma bicicleta adequada, é composto de capacete, luvas, uma câmara-de-ar reserva, bomba-de-ar, água (mochila com depósito ou cantil encaixado na bicicleta, com água ou mistura isotônica) e alimentos (geralmente barras de cereal, frutas ou algo igualmente rico em carboidratos e fácil de carregar).

Outro aspecto importante é a atenção na escolha do vestuário. Deve-se usar roupas leves e arejadas, calçados especiais ou tênis.

As bicicletas de mountain bike diferem das bicicletas de estrada em diversos aspectos:

• Usam pneus mais largos e cardados (com cravos e geralmente acima da largura 1.5"), que absorvem impactos de forma mais eficiente, são robustos, possuem maior aderência em terrenos enlameados e oferecem maior controle e tração da bicicleta em terrenos acidentados, na areia e na lama. Em contrapartida, oferecem baixo desempenho em trechos asfaltados.

• Usam amortecedores, na frente, atrás ou dois, um na frente e outro atrás, conhecidas como bicicletas Full Suspension, projetadas para oferecerem maior conforto e, consequentemente, reduzir os impactos sentidos pelo ciclista e permitir maior controle da bicicleta. É importante ressaltar que não é necessário possuir o amortecedor traseiro, motivo pelo qual diversos ciclistas de diversas categorias do Mountain Bike preferem bicicletas Hardtail (bicicletas rígidas, com ou sem amortecimento dianteiro) do que Full Suspension (bicicletas com dois amortecedores). Eles podem ter diversos sistemas de amortecimento: pneumático, entre outros sistemas combinados (mola com elastômero, mola com ar, mola com óleo, aro óleo e mola, ou até mesmo elétricos (elementos de amortecimento, mais o circuito eletrônico).

• Possuem quadros reforçados e mais resistentes, especialmente nas modalidades que incluem saltos e quedas de grandes alturas, mas sem comprometer gradativamente no peso do conjunto, como é o caso das bicicletas destinadas para a categoria All Mountain;

• O guiador (guidão) pode possuir diversos formatos, cada um com suas vantagens e desvantagens. Podem ser retos (inicialmente utilizaram-se guidões retos) ou curvos, com diversas angulações.

• Possuem aros de 24", 26" e, lançado há poucos anos, bicicletas com rodas de 29", conhecidas por 29er. Em geral, utiliza-se 26", em vez dos aros 700 do ciclismo de estrada. Os aros costumam ser de parede dupla, mais reforçados e pesados que os de ciclismo de estrada, de modo a evitar deformação nas ultrapassagens de obstáculos. Recentemente está sendo usado também aros de 29” e misturas, como 29" na frente e 26" atrás e vice-versa.

• As relações de marchas eram inicialmente maiores e mais leves que nas bicicletas de estrada, mas possuem a mesma precisão. Hoje em dia a quantidade de marchas varia de 21 marchas até 27 marchas. Tendo sido adotada a quantidade de 30 marchas.

A tendência de mercado é que bicicletas de montanha venham a ter a relação de marchas muito próxima às bicicletas de estrada, como é o caso de muitas Mountain Bikes de Cross Country que começaram a ser equipadas com relação de 20 marchas (10 marchas na catraca e duas na coroa), como é o caso das bicicletas de estrada.

MODALIDADES

Há várias modalidades esportivas que podem ser incluídas na categoria Mountain Bike:

Cross-country ou XCO: é a prova disputada em um estradas de terra, que possuem um alto nível de decidas e subidas técnicas com pedras e raízes,geralmente as provas de XCO não são muito longas iguais as de maratonas,apresentam em torno de 30 a 40 km mas em percursos técnicos e pesados.Uma das provas mais importantes de XCO é a copa do mundo, que tem melhorado a cada ano.

Trip Trail ou Maratona: é o tipo de prova em que o percurso é longo e leva de um ponto a outro, que pode ser ou não o mesmo do início da prova. Sendo no mesmo ponto, você só dá uma volta. Tem esse nome porque é praticamente uma viagem por trilhas e estradas de terra. Quando o percurso é bem longo, pode ser chamado também de Maratona e chega a levar dois ou até três dias. Exemplos nacionais de provas dessa modalidade são o Big Biker e o MTB Trip Trail Ecomotion. Esse tipo de prova pode compor uma das modalidades de um rali, sendo as outras com veículos automotores - como é o caso do Cerapió. Outras vezes, uma prova compõe um dos trechos de uma Corrida de Aventura, como por exemplo, o Ecomotion Pro. As trilhas feitas por lazer pelos entusiastas do Mountain Bike costumam ter a característica de um trip trail.

Downhill ou DH: No downhill, o ciclista passa por um percurso em descida, com no máximo algumas poucas retas, precisando passar por terreno bastante irregular, natural ou artificial, com jumps (pontos de salto), gaps (vãos a serem transpostos com ou sem ajuda de rampa) e drops (grandes degraus onde o ciclista se deixa "cair" para transpor), enfrentando situações de bastante risco. Nesse tipo de prova costuma-se usar um capacete full-face (capacete fechado que protege o queixo, parecido com o de motociclismo), joelheira com caneleira e muitas vezes colete e cotoveleira. Os ciclistas descem um a um, com tomada de tempo individual. Um exemplo é o Campeonato Brasileiro de Downhill, organizado pela Confederação Brasileira de Mountain Bike (CBMTB.COM).

Freeride: Uma variação do Downhill, o Freeride é utilizado como forma de lazer, tendo como principal diferença a utilização de terrenos variados, em vez de apenas descidas, além dos passeios chamados north shores - que consistem em andar por cima de árvores caídas ou por trajetos no alto de madeiras, criados dentro de florestas. Como consequência, a bicicleta de Freeride apresenta algumas variações em relação ao Downhill, como por exemplo o uso de mais de uma coroa (na relação de marchas dianteira). Os passeios de Freeride dentro das cidades são chamados de Urban Assault e usam obstáculos urbanos, frequentemente escadarias, além de obstáculos construídos de forma fixa ou obstáculos removíveis que são montados na hora e levados embora depois. Downhill, Freeride e 4X são considerados por seus praticantes como "o lado extremo do ciclismo".

4X: O 4X é uma modalidade que possui obstáculos derivados do BMX em um terreno inclinado, tendo largada com gate onde quatro competidores descem simultaneamente. Deriva do BMX e do Dual Slalom - uma modalidade em que desciam dois competidores por vez e que era mais parecida com o Downhill. O Dual Slalom caiu em desuso com a introdução do 4X. Os pilotos de 4X costumam vir tanto do BMX como do Downhill. É uma modalidade de ciclismo que tem caído nas graças da TV aberta, tendo eventuais transmissões pela Rede Globo.

Trial - Nessa modalidade, o percurso consiste de obstáculos diversos para serem transpostos pelos competidores, que podem ser compostos de cavaletes, troncos, pedras, latões, muros e até carros. As bicicletas costumam ter quadros pequenos, reforçados, freios hidráulicos, protetor debaixo da coroa e pneus mais vazios, principalmente o traseiro, que além de mais vazio não tem câmara, é mais largo e composto de uma borracha bem mole, para aumentar o grip. Os competidores começam com determinada pontuação e perdem pontos a cada vez que tocam o chão com algum dos pés.

BMX: O nome deriva de Bicycle Motocross, pois as primeiras bicicletas imitavam essas motos. As provas são disputadas em circuito com várias voltas e obstáculos como jumps e curvas de parede, geralmente por competidores muito jovens, com bicicletas menores, de aro 20". Há outras modalidades relacionadas ao BMX, como por exemplo Vertical e Freestyle.

• Enduro de Regularidade: É a prova disputada com uma planilha, que contém as referências a serem seguidas e a média horária estipulada pela organização. O objetivo desse tipo de competição não é ser o primeiro a chegar, mas sim ser o mais regular. Chegar no horário exato concede ao competidor ZERO pontos. Para cada segundo de atraso ele será penalizado com UM ponto e para cada segundo adiantado, TRÊS pontos. O vencedor será aquele que obtiver o menor número de pontos. Normalmente é disputado em duplas. A prova é disputada em estradas abertas e trilhas fechadas.

PROJETO SOCIAL PEDAL SOLIDÁRIO

Todos os anos, na época do Natal, os ciclistas do MTB-BH organizam um evento para proporcionar às crianças carentes de alguma comunidade próxima um dia de brincadeiras, comilança, diversão e presentes. Trata-se do Pedal Solidário de Natal.

São realizadas várias atividades recreativas e culturais, geralmente em uma escola ou creche, ajudando a levar alegria as crianças cuja realidade é bastante sofrida.

SE LIGA!

Andar de bicicleta além de ser uma atividade que proporciona um agradável passeio familiar e benefícios para o corpo, é também uma excelente alternativa para fugir dos transportes públicos e do transito caótico das cidades grandes. O meio ambiente, é claro, agradece.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PARAQUEDISMO, EMBARQUE NESSA AVENTURA


 
DEFINIÇÃO

Paraquedismo é uma atividade
esportiva de caráter competitivo que consiste no salto de um avião e a queda livre. É também usado para levar comida, remédios e roupas para vítimas de locais arruinados por guerras e pesquisas meteorológicas, aeronáuticas e espaciais.

HISTÓRIA

Embora o paraquedas tenha sido fruto das invenções modernas, Leonardo da Vinci já sinalizava a possibilidade da criação desta atividade em 1514.

No ano de 1779 os irmãos Montgolfier registram as primeiras experiências neste campo, seguidos cinco anos mais tarde pelo francês Louis Sébastien Lenormand, que saltou de uma torre com um paraquedas produzido por ele mesmo.

Pierre François Blanchard, um pouco mais resguardado, fez com que um cachorro saltasse de um balão com paraquedas em 1785.

O mérito ficou, no entanto, com André Jacques Garnerin. Em 1797 ele saltou de uma altura de 660 metros em Paris. Como se não bastasse, tentou ousar mais um pouco: em 1802, na Inglaterra, saltou de uma altitude de dois mil e quinhentos metros com um paraquedas tipo guarda-chuva (7,5 metros de diâmetro).

Em 1912, mais de um século depois, o capitão norte-americano Albert Berry saltou com êxito de seu avião em St. Luis (EUA), abrindo a possibilidade de utilização para os mais diversos fins.

Já no final da primeira guerra os dois lados da briga passaram a usar a invenção em casos de emergência.

EQUIPAMENTOS

Todos os paraquedas são compostos de quatro partes essenciais:

Velame: parte superior do paraquedas, que se abre como um cogumelo. É feito de seda ou nylon, e pode ter até 10 metros de diâmetro. Tem um pequeno orifício no meio para evitar o acúmulo excessivo de ar – que pode provocar oscilações muito fortes. Segundo a legislação brasileira em vigor na Confederação Brasileira de paraquedismo, todos os equipamentos para uso desportivo devem possuir dois velames; um principal e o outro reserva.

Altímetro: indica a distância que o paraquedista está do nível do mar. É usado para saber quando acionar o paraquedas. Os altímetros sonoros são programados para apitarem em uma altura determinada, e são presos ao capacete do atleta.

Capacete: ainda não inventaram um capacete capaz de salvar o atleta cujos paraquedas não abram. Mas o seu uso é importante durante a queda livre, pois protege no caso de esbarrões com outros paraquedistas.

Óculos: protege os olhos do vento forte. Durante a queda livre, os paraquedistas podem alcançar uma velocidade de até 300 quilômetros por hora.

Macacão: o tipo de macacão depende do que se objetiva no salto. Quanto maior ele for, maior será o atrito com o ar, diminuindo a velocidade da queda livre. Na modalidade Wing Fly, por exemplo, utiliza-se um modelo especial que garante deslocamentos verticais de até 160 quilômetros por hora.

TIPOS DE MODALIDADES

Existem várias maneiras de praticar o paraquedismo:

- Precisão: é a mais antiga modalidade. Praticada com o velame aberto, tem como objetivo atingir uma “mosca” no centro de um alvo determinado, com 2,5 centímetros de raio. Poucos atletas fazem marcas superiores a 15 centímetros nos campeonatos mundiais.

- Estilo: junto com a “precisão”, esta modalidade compõe o “paraquedismo clássico”, muito praticado em competições militares. A prova é bastante técnica e deve ser realizada durante a queda livre. Abandonando a aeronave a mais de 2.100 metros de altitude, o atleta deve cumprir uma sequência de manobras com quatro curvas de 360º para ambos os lados, e dois loopings. O tempo de efetuação das manobras é registrado por uma câmera no solo. Quem alcançar a menor média por sequência completa ganha.

- Trabalho Relativo de Velame: o que conta é a perícia da pilotagem do paraquedas com o velame aberto. O objetivo desta modalidade consiste em reunir uma equipe durante a queda e construir o maior número de figuras no menor tempo possível. Pode ser feita com um pool de figuras sorteada (sequências estabelecidas pelo sorteio), ou por “rotação” (figura é sempre a mesma; o que muda são as posições dos atletas).

- Formação em Queda Livre – FQL: é a mais praticada e competitiva do paraquedismo. Exige técnica apurada dos fundamentos de voo em queda livre. Neste caso, a prova consiste em formar o maior número de figuras no menor tempo possível. As sequências são sorteadas e executadas por times de quatro, oito ou 16 atletas. Todos os grupos possuem um “câmera man” que registra os detalhes e entrega ao juiz da competição.

- Freestyle: o salto é realizado em duplas, que optam por um tipo de queda livre em que o controle dos giros e das posições garanta sequências similares às da ginástica acrobática ou olímpica, e dos saltos ornamentais. O equilíbrio e controle das posições exigem muito treinamento. O “câmera man”, neste caso, também participa da disputa: ganha a equipe que fizer a melhor série e tiver a melhor filmagem.

- Freefly: é a mais nova modalidade. A queda livre pode ser feita com todas as manobras (sentadas, em pé e de cabeça para baixo – o “head down”). O time de freefly é composto por três atletas, que devem ser bem filmados para ganhar mais pontos.

- Skysurf: semelhantes ao “Freestyle” - realizado em duplas que são filmadas. A prancha garante a emoção dos saltos, permitindo manobras originais e possibilitando giros mais rápidos. É o surf no ar.

- Cross Country: a modalidade é geralmente praticada em dias de vento forte com o objetivo de cobrir a maior distância possível com o paraquedas aberto. O salto é feito com vento de cauda (empurrando o atleta) e o segredo está no cálculo correto do PS – ponto de saída da aeronave. A altitude do avião, a velocidade do vento, o planeio do velame e o peso dos atletas também entram na conta.

- Wing Fly: o que conta é a velocidade horizontal. O objetivo é completar a maior distância possível durante a queda-livre. Para que isso aconteça, os saltos são realizados com macacões próprios, que possibilitam este deslocamento: possuem asas que inflam com o vento entre os braços, o tronco e as pernas. Assim, a queda livre chega a quase dois minutos.

- Salto Duplo ou Tandem: qualquer pessoa pode desfrutar desta modalidade, justamente por permitir a carona com um experiente paraquedista. O salto é seguro, dispensa curso e, após algumas explicações, garante 45 segundos de queda livre.

INFORMAÇÕES BÁSICAS




A roupa e calçado devem ser confortáveis. Nas estações de mais frio é conveniente que estejas devidamente agasalhado e um bom par de luvas é fundamental.


Os saltos são feitos com dois paraquedas – um principal e outro de reserva. A verdade é que a hipótese de acidente é extremamente remota e a sua ocorrência dever-se-á a falhas humanas resultantes de um incumprimento das normas de segurança. Em todo o caso, os paraquedas possuem um sistema de segurança automático que aciona o paraquedas de reserva, em caso de emergência.

A partir dos 16 anos qualquer pessoa, em condições normais de saúde, pode praticar paraquedismo sendo que antes dos 18 anos, é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis legais.

É obrigatório que todos os praticantes de paraquedismo tenham um seguro desportivo de acidentes pessoais.

CURIOSIDADES

- Como parte do Projecto Excelsior, em 16 de Agosto de 1960, Joseph Kittinger quebrou o recorde de queda livre mais demorada (4 minutos e 36 segundos) e de velocidade máxima (988 km/h), antes de abrir seu paraquedas a cerca de 5.500m (18.000 pés). Kittinger pulou de um balão de hélio especialmente construído a uma altitude de 31.300m (102.800 pés), o que também lhe deu os recordes de mais alta ascensão em um balão e mais alto salto de paraquedas. Alguns dizem que o salto de Kittinger não foi uma queda livre real, já que ele usou um pequeno paraquedas para estabilizar sua queda e seu salto era para fins militares. Kittinger teria percorrido então cerca de 25.800m de queda livre.

- De acordo com o Guinness Book of Records, Eugene Andreev (USSR) detém o recorde oficial da FAI (Federação Aeronáutica Internacional) de maior queda livre. No dia 1 de Novembro de 1962, perto da cidade de Volsk, Andreev percorreu a distância de 24.500m, depois de pular de uma altitude de 25.458 m (83.523 pés) e só abrindo seu paraquedas a 958m do solo. Andreev aterrou com segurança perto da cidade de Saratov.

- Em Dezembro de 2006, Michael Holmes, um paraquedista Britânico, sobreviveu de uma queda de 13.000 pés (3.962m) quando o seu paraquedas principal e também o de reserva falharam na abertura. Ele caiu na Nova Zelândia, num arbusto de amora-silvestre, quebrou o tornozelo e perfurou um pulmão.

- No dia do idoso, de 2009, foi realizado um evento, no qual se proporcionou saltar pessoas com mais de 80 anos.

ONDE PRATICAR


Os experientes e corajosos podem inventar desafios, como é o caso do austríaco Felix Baumgartner. Já saltou do prédio mais alto do mundo, da estátua do Cristo Redentor e, como se fosse pouco, atravessou o canal da mancha com uma asa de fibra de carbono presa ao corpo. Pousou em Cap Blanc-Nez, perto de Calais, vivo.

Os locais para a prática, no entanto, são determinados conforme as características da região. O ideal para a atividade é pouco tráfego aéreo, espaço para o pouso e a questão do clima. Tempo chuvoso é péssimo sinal.

Azul do Vento – (19) 32460455 www.azuldovento.com.br

Escola Brasileira de Paraquedismo – (11) 32633023 www.ebparaquedismo.com.br

Extreme Moments – (21) 24988422
www.extrememoments.com.br


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A ORIGEM DO KITE


Kite em inglês significa pipa, ou seja, surf com pipa. É uma mistura de windsurf com esqui, wakeboard, surf e voo livre. O atleta desliza sobre a água em uma pranchinha, puxado pelo kite.


O Kitesurf é um esporte novo e que vem sendo praticado por muitos velejadores de windsurf. Em São Paulo, na represa de Guarapiranga, há praticantes desde 1998. No mundo é um esporte que vem ganhando terreno, inclusive, já existem algumas revistas especializadas no mundo como a Kiteboarding.

As primeiras tentativas de usar o kite como vela foram no final da década de 70. De lá para cá os equipamentos foram evoluindo e o Kitesurf virou uma febre.

Um equipamento é composto basicamente de duas partes: a pipa e a prancha. A pipa é construída do mesmo material dos paraquedas e possui o mesmo princípio de algumas pipas na qual podemos controlar sua trajetória. A prancha pode ser uma de surf com alças, um wakeboard ou a uma mistura das duas.

COMO SURGIU?

O kitesurf que nós conhecemos hoje foi criado por dois irmãos franceses, Bruno e Dominique Legaignoux, em 1985. Mas muito antes disso já se ouvia falar da pipa. Há cerca de dois mil anos, os chineses já a utilizavam para auxiliar os barcos no transporte de materiais pesados.

A pipa também teve outras "funções" no decorrer da história. O inglês George Peacock é considerado o pai da tração à pipa por ter inventado, em 1826, uma estrutura em que uma carroça era puxada por pipas a uma velocidade de até 20 km/h. O norte-americano, Samuel Franklin Cody chegou até mesmo a navegar no Canal da Mancha sendo puxado por uma pipa.

Muito tempo depois, por volta dos anos 1970 e 1980 a pipa chegou a ser usada para impulsionar canoas, patins, patins no gelo, esquis e esquis aquáticos. O suíço Andréas Kuhn foi quem chegou mais perto do kitesurf atual. Ele utilizava um parapente de aproximadamente 25 m2 para impulsioná-lo sobre uma prancha parecida com as wakeboards que conhecemos. Seus saltos chegaram a ser televisionados e divulgados em toda a Europa.

Entretanto, havia ainda um grande problema a ser resolvido. O parapente, ao cair na água, não permitia uma nova decolagem. Esse foi o grande diferencial da pipa dos irmãos Legaignoux - eles criaram uma pipa inflável que, além de permitir ser reerguida caso caísse na água, também retornava em um ângulo de 10 graus contra o vento, ideal para a decolagem.
 

Porém, nem tudo foi fácil para os irmãos Legaignoux. Em 1985, ano em que patentearam o kite, o windsurf estava no auge e nenhuma empresa quis arriscar-se a produzir a pipa. Apenas dez anos depois, em 1995, é que a pipa começou a ser produzida e comercializada.

Um dos responsáveis pela divulgação do esporte foi Robby Naish, campeão mundial de wind. Naish se apaixonou pelo esporte e hoje, além de velejar é também um fabricante de kite. Ele inclusive foi o primeiro campeão mundial, em torneio realizado no ano de 1998, em Maui, no Havaí.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

O kite assim como todo esporte, tem seus pontos positivos e negativos. O lado bom é o tamanho, ou seja, a comodidade no transporte, e o fato de precisar de pouco vento para executar as manobras.

Já a parte ruim é o perigo das linhas do kite, onde inclusive já ocorreram alguns acidentes graves fora do Brasil, e ainda o fato de terem poucos fornecedores de equipamentos.

CURIOSIDADES

Em um recente campeonato na França foi registrado um salto com sete segundos de duração e há registros em vídeo de feras como Robby Naish, lenda viva no windsurf, saltando a mais de 20 metros.