Bergwind
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
MOUNTAIN BIKE, OS BENEFÍCIOS A SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE
O Mountain Bike é praticado em estradas de terra, trilhas de fazendas, em montanhas, dentro de parques e até mesmo na cidade.
É um esporte que envolve resistência, destreza e autossuficiência. Como é comum a prática do esporte em locais isolados, o aspecto de autossuficiência é importante para que o ciclista consiga realizar pequenos reparos em sua bicicleta.
A hidratação e a alimentação adequadas antes, durante e após a atividade também são importantes, assim como o alongamento, que deve ser feito sempre antes e após a prática.
HISTÓRIA
A modalidade desportiva nasceu na Califórnia, no meio da década de 1950, através de brincadeiras de alguns ciclistas e de surfistas que procuravam desafios bem diferentes das competições de estrada tradicionais e atividades para dias sem ondas.
Até onde se sabe, a primiera pessoa a modificar uma bike exclusivamente para andar na terra foi James Finley Scott, em 1953. Ele utilizou um quadro para passeio Schwinn, pneus largos, conhecidos como balão, guidão recto, travões cantilever e desviadores traseiros e dianteiros.
Tom Ritchey e Gary Fisher são outros nomes que aparecem como pioneiros na prática do esporte e no desenvolvimento de componentes em série, como futuramente bicicletas próprias para o novo estilo.
Joe Breeze confeccionou a primeira bicicleta para a prática do Mountain Bike, a Breezer, em 1° de outubro de 1977.
EQUIPAMENTOS
O equipamento mínimo, além de uma bicicleta adequada, é composto de capacete, luvas, uma câmara-de-ar reserva, bomba-de-ar, água (mochila com depósito ou cantil encaixado na bicicleta, com água ou mistura isotônica) e alimentos (geralmente barras de cereal, frutas ou algo igualmente rico em carboidratos e fácil de carregar).
Outro aspecto importante é a atenção na escolha do vestuário. Deve-se usar roupas leves e arejadas, calçados especiais ou tênis.
As bicicletas de mountain bike diferem das bicicletas de estrada em diversos aspectos:
• Usam pneus mais largos e cardados (com cravos e geralmente acima da largura 1.5"), que absorvem impactos de forma mais eficiente, são robustos, possuem maior aderência em terrenos enlameados e oferecem maior controle e tração da bicicleta em terrenos acidentados, na areia e na lama. Em contrapartida, oferecem baixo desempenho em trechos asfaltados.
• Usam amortecedores, na frente, atrás ou dois, um na frente e outro atrás, conhecidas como bicicletas Full Suspension, projetadas para oferecerem maior conforto e, consequentemente, reduzir os impactos sentidos pelo ciclista e permitir maior controle da bicicleta. É importante ressaltar que não é necessário possuir o amortecedor traseiro, motivo pelo qual diversos ciclistas de diversas categorias do Mountain Bike preferem bicicletas Hardtail (bicicletas rígidas, com ou sem amortecimento dianteiro) do que Full Suspension (bicicletas com dois amortecedores). Eles podem ter diversos sistemas de amortecimento: pneumático, entre outros sistemas combinados (mola com elastômero, mola com ar, mola com óleo, aro óleo e mola, ou até mesmo elétricos (elementos de amortecimento, mais o circuito eletrônico).
• Possuem quadros reforçados e mais resistentes, especialmente nas modalidades que incluem saltos e quedas de grandes alturas, mas sem comprometer gradativamente no peso do conjunto, como é o caso das bicicletas destinadas para a categoria All Mountain;
• O guiador (guidão) pode possuir diversos formatos, cada um com suas vantagens e desvantagens. Podem ser retos (inicialmente utilizaram-se guidões retos) ou curvos, com diversas angulações.
• Possuem aros de 24", 26" e, lançado há poucos anos, bicicletas com rodas de 29", conhecidas por 29er. Em geral, utiliza-se 26", em vez dos aros 700 do ciclismo de estrada. Os aros costumam ser de parede dupla, mais reforçados e pesados que os de ciclismo de estrada, de modo a evitar deformação nas ultrapassagens de obstáculos. Recentemente está sendo usado também aros de 29” e misturas, como 29" na frente e 26" atrás e vice-versa.
• As relações de marchas eram inicialmente maiores e mais leves que nas bicicletas de estrada, mas possuem a mesma precisão. Hoje em dia a quantidade de marchas varia de 21 marchas até 27 marchas. Tendo sido adotada a quantidade de 30 marchas.
A tendência de mercado é que bicicletas de montanha venham a ter a relação de marchas muito próxima às bicicletas de estrada, como é o caso de muitas Mountain Bikes de Cross Country que começaram a ser equipadas com relação de 20 marchas (10 marchas na catraca e duas na coroa), como é o caso das bicicletas de estrada.
MODALIDADES
Há várias modalidades esportivas que podem ser incluídas na categoria Mountain Bike:
• Cross-country ou XCO: é a prova disputada em um estradas de terra, que possuem um alto nível de decidas e subidas técnicas com pedras e raízes,geralmente as provas de XCO não são muito longas iguais as de maratonas,apresentam em torno de 30 a 40 km mas em percursos técnicos e pesados.Uma das provas mais importantes de XCO é a copa do mundo, que tem melhorado a cada ano.
• Trip Trail ou Maratona: é o tipo de prova em que o percurso é longo e leva de um ponto a outro, que pode ser ou não o mesmo do início da prova. Sendo no mesmo ponto, você só dá uma volta. Tem esse nome porque é praticamente uma viagem por trilhas e estradas de terra. Quando o percurso é bem longo, pode ser chamado também de Maratona e chega a levar dois ou até três dias. Exemplos nacionais de provas dessa modalidade são o Big Biker e o MTB Trip Trail Ecomotion. Esse tipo de prova pode compor uma das modalidades de um rali, sendo as outras com veículos automotores - como é o caso do Cerapió. Outras vezes, uma prova compõe um dos trechos de uma Corrida de Aventura, como por exemplo, o Ecomotion Pro. As trilhas feitas por lazer pelos entusiastas do Mountain Bike costumam ter a característica de um trip trail.
• Downhill ou DH: No downhill, o ciclista passa por um percurso em descida, com no máximo algumas poucas retas, precisando passar por terreno bastante irregular, natural ou artificial, com jumps (pontos de salto), gaps (vãos a serem transpostos com ou sem ajuda de rampa) e drops (grandes degraus onde o ciclista se deixa "cair" para transpor), enfrentando situações de bastante risco. Nesse tipo de prova costuma-se usar um capacete full-face (capacete fechado que protege o queixo, parecido com o de motociclismo), joelheira com caneleira e muitas vezes colete e cotoveleira. Os ciclistas descem um a um, com tomada de tempo individual. Um exemplo é o Campeonato Brasileiro de Downhill, organizado pela Confederação Brasileira de Mountain Bike (CBMTB.COM).
• Freeride: Uma variação do Downhill, o Freeride é utilizado como forma de lazer, tendo como principal diferença a utilização de terrenos variados, em vez de apenas descidas, além dos passeios chamados north shores - que consistem em andar por cima de árvores caídas ou por trajetos no alto de madeiras, criados dentro de florestas. Como consequência, a bicicleta de Freeride apresenta algumas variações em relação ao Downhill, como por exemplo o uso de mais de uma coroa (na relação de marchas dianteira). Os passeios de Freeride dentro das cidades são chamados de Urban Assault e usam obstáculos urbanos, frequentemente escadarias, além de obstáculos construídos de forma fixa ou obstáculos removíveis que são montados na hora e levados embora depois. Downhill, Freeride e 4X são considerados por seus praticantes como "o lado extremo do ciclismo".
• 4X: O 4X é uma modalidade que possui obstáculos derivados do BMX em um terreno inclinado, tendo largada com gate onde quatro competidores descem simultaneamente. Deriva do BMX e do Dual Slalom - uma modalidade em que desciam dois competidores por vez e que era mais parecida com o Downhill. O Dual Slalom caiu em desuso com a introdução do 4X. Os pilotos de 4X costumam vir tanto do BMX como do Downhill. É uma modalidade de ciclismo que tem caído nas graças da TV aberta, tendo eventuais transmissões pela Rede Globo.
• Trial - Nessa modalidade, o percurso consiste de obstáculos diversos para serem transpostos pelos competidores, que podem ser compostos de cavaletes, troncos, pedras, latões, muros e até carros. As bicicletas costumam ter quadros pequenos, reforçados, freios hidráulicos, protetor debaixo da coroa e pneus mais vazios, principalmente o traseiro, que além de mais vazio não tem câmara, é mais largo e composto de uma borracha bem mole, para aumentar o grip. Os competidores começam com determinada pontuação e perdem pontos a cada vez que tocam o chão com algum dos pés.
• BMX: O nome deriva de Bicycle Motocross, pois as primeiras bicicletas imitavam essas motos. As provas são disputadas em circuito com várias voltas e obstáculos como jumps e curvas de parede, geralmente por competidores muito jovens, com bicicletas menores, de aro 20". Há outras modalidades relacionadas ao BMX, como por exemplo Vertical e Freestyle.
• Enduro de Regularidade: É a prova disputada com uma planilha, que contém as referências a serem seguidas e a média horária estipulada pela organização. O objetivo desse tipo de competição não é ser o primeiro a chegar, mas sim ser o mais regular. Chegar no horário exato concede ao competidor ZERO pontos. Para cada segundo de atraso ele será penalizado com UM ponto e para cada segundo adiantado, TRÊS pontos. O vencedor será aquele que obtiver o menor número de pontos. Normalmente é disputado em duplas. A prova é disputada em estradas abertas e trilhas fechadas.
PROJETO SOCIAL PEDAL SOLIDÁRIO
Todos os anos, na época do Natal, os ciclistas do MTB-BH organizam um evento para proporcionar às crianças carentes de alguma comunidade próxima um dia de brincadeiras, comilança, diversão e presentes. Trata-se do Pedal Solidário de Natal.
São realizadas várias atividades recreativas e culturais, geralmente em uma escola ou creche, ajudando a levar alegria as crianças cuja realidade é bastante sofrida.
SE LIGA!
Andar de bicicleta além de ser uma atividade que proporciona um agradável passeio familiar e benefícios para o corpo, é também uma excelente alternativa para fugir dos transportes públicos e do transito caótico das cidades grandes. O meio ambiente, é claro, agradece.
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