Bergwind

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PARAQUEDISMO, EMBARQUE NESSA AVENTURA


 
DEFINIÇÃO

Paraquedismo é uma atividade
esportiva de caráter competitivo que consiste no salto de um avião e a queda livre. É também usado para levar comida, remédios e roupas para vítimas de locais arruinados por guerras e pesquisas meteorológicas, aeronáuticas e espaciais.

HISTÓRIA

Embora o paraquedas tenha sido fruto das invenções modernas, Leonardo da Vinci já sinalizava a possibilidade da criação desta atividade em 1514.

No ano de 1779 os irmãos Montgolfier registram as primeiras experiências neste campo, seguidos cinco anos mais tarde pelo francês Louis Sébastien Lenormand, que saltou de uma torre com um paraquedas produzido por ele mesmo.

Pierre François Blanchard, um pouco mais resguardado, fez com que um cachorro saltasse de um balão com paraquedas em 1785.

O mérito ficou, no entanto, com André Jacques Garnerin. Em 1797 ele saltou de uma altura de 660 metros em Paris. Como se não bastasse, tentou ousar mais um pouco: em 1802, na Inglaterra, saltou de uma altitude de dois mil e quinhentos metros com um paraquedas tipo guarda-chuva (7,5 metros de diâmetro).

Em 1912, mais de um século depois, o capitão norte-americano Albert Berry saltou com êxito de seu avião em St. Luis (EUA), abrindo a possibilidade de utilização para os mais diversos fins.

Já no final da primeira guerra os dois lados da briga passaram a usar a invenção em casos de emergência.

EQUIPAMENTOS

Todos os paraquedas são compostos de quatro partes essenciais:

Velame: parte superior do paraquedas, que se abre como um cogumelo. É feito de seda ou nylon, e pode ter até 10 metros de diâmetro. Tem um pequeno orifício no meio para evitar o acúmulo excessivo de ar – que pode provocar oscilações muito fortes. Segundo a legislação brasileira em vigor na Confederação Brasileira de paraquedismo, todos os equipamentos para uso desportivo devem possuir dois velames; um principal e o outro reserva.

Altímetro: indica a distância que o paraquedista está do nível do mar. É usado para saber quando acionar o paraquedas. Os altímetros sonoros são programados para apitarem em uma altura determinada, e são presos ao capacete do atleta.

Capacete: ainda não inventaram um capacete capaz de salvar o atleta cujos paraquedas não abram. Mas o seu uso é importante durante a queda livre, pois protege no caso de esbarrões com outros paraquedistas.

Óculos: protege os olhos do vento forte. Durante a queda livre, os paraquedistas podem alcançar uma velocidade de até 300 quilômetros por hora.

Macacão: o tipo de macacão depende do que se objetiva no salto. Quanto maior ele for, maior será o atrito com o ar, diminuindo a velocidade da queda livre. Na modalidade Wing Fly, por exemplo, utiliza-se um modelo especial que garante deslocamentos verticais de até 160 quilômetros por hora.

TIPOS DE MODALIDADES

Existem várias maneiras de praticar o paraquedismo:

- Precisão: é a mais antiga modalidade. Praticada com o velame aberto, tem como objetivo atingir uma “mosca” no centro de um alvo determinado, com 2,5 centímetros de raio. Poucos atletas fazem marcas superiores a 15 centímetros nos campeonatos mundiais.

- Estilo: junto com a “precisão”, esta modalidade compõe o “paraquedismo clássico”, muito praticado em competições militares. A prova é bastante técnica e deve ser realizada durante a queda livre. Abandonando a aeronave a mais de 2.100 metros de altitude, o atleta deve cumprir uma sequência de manobras com quatro curvas de 360º para ambos os lados, e dois loopings. O tempo de efetuação das manobras é registrado por uma câmera no solo. Quem alcançar a menor média por sequência completa ganha.

- Trabalho Relativo de Velame: o que conta é a perícia da pilotagem do paraquedas com o velame aberto. O objetivo desta modalidade consiste em reunir uma equipe durante a queda e construir o maior número de figuras no menor tempo possível. Pode ser feita com um pool de figuras sorteada (sequências estabelecidas pelo sorteio), ou por “rotação” (figura é sempre a mesma; o que muda são as posições dos atletas).

- Formação em Queda Livre – FQL: é a mais praticada e competitiva do paraquedismo. Exige técnica apurada dos fundamentos de voo em queda livre. Neste caso, a prova consiste em formar o maior número de figuras no menor tempo possível. As sequências são sorteadas e executadas por times de quatro, oito ou 16 atletas. Todos os grupos possuem um “câmera man” que registra os detalhes e entrega ao juiz da competição.

- Freestyle: o salto é realizado em duplas, que optam por um tipo de queda livre em que o controle dos giros e das posições garanta sequências similares às da ginástica acrobática ou olímpica, e dos saltos ornamentais. O equilíbrio e controle das posições exigem muito treinamento. O “câmera man”, neste caso, também participa da disputa: ganha a equipe que fizer a melhor série e tiver a melhor filmagem.

- Freefly: é a mais nova modalidade. A queda livre pode ser feita com todas as manobras (sentadas, em pé e de cabeça para baixo – o “head down”). O time de freefly é composto por três atletas, que devem ser bem filmados para ganhar mais pontos.

- Skysurf: semelhantes ao “Freestyle” - realizado em duplas que são filmadas. A prancha garante a emoção dos saltos, permitindo manobras originais e possibilitando giros mais rápidos. É o surf no ar.

- Cross Country: a modalidade é geralmente praticada em dias de vento forte com o objetivo de cobrir a maior distância possível com o paraquedas aberto. O salto é feito com vento de cauda (empurrando o atleta) e o segredo está no cálculo correto do PS – ponto de saída da aeronave. A altitude do avião, a velocidade do vento, o planeio do velame e o peso dos atletas também entram na conta.

- Wing Fly: o que conta é a velocidade horizontal. O objetivo é completar a maior distância possível durante a queda-livre. Para que isso aconteça, os saltos são realizados com macacões próprios, que possibilitam este deslocamento: possuem asas que inflam com o vento entre os braços, o tronco e as pernas. Assim, a queda livre chega a quase dois minutos.

- Salto Duplo ou Tandem: qualquer pessoa pode desfrutar desta modalidade, justamente por permitir a carona com um experiente paraquedista. O salto é seguro, dispensa curso e, após algumas explicações, garante 45 segundos de queda livre.

INFORMAÇÕES BÁSICAS




A roupa e calçado devem ser confortáveis. Nas estações de mais frio é conveniente que estejas devidamente agasalhado e um bom par de luvas é fundamental.


Os saltos são feitos com dois paraquedas – um principal e outro de reserva. A verdade é que a hipótese de acidente é extremamente remota e a sua ocorrência dever-se-á a falhas humanas resultantes de um incumprimento das normas de segurança. Em todo o caso, os paraquedas possuem um sistema de segurança automático que aciona o paraquedas de reserva, em caso de emergência.

A partir dos 16 anos qualquer pessoa, em condições normais de saúde, pode praticar paraquedismo sendo que antes dos 18 anos, é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis legais.

É obrigatório que todos os praticantes de paraquedismo tenham um seguro desportivo de acidentes pessoais.

CURIOSIDADES

- Como parte do Projecto Excelsior, em 16 de Agosto de 1960, Joseph Kittinger quebrou o recorde de queda livre mais demorada (4 minutos e 36 segundos) e de velocidade máxima (988 km/h), antes de abrir seu paraquedas a cerca de 5.500m (18.000 pés). Kittinger pulou de um balão de hélio especialmente construído a uma altitude de 31.300m (102.800 pés), o que também lhe deu os recordes de mais alta ascensão em um balão e mais alto salto de paraquedas. Alguns dizem que o salto de Kittinger não foi uma queda livre real, já que ele usou um pequeno paraquedas para estabilizar sua queda e seu salto era para fins militares. Kittinger teria percorrido então cerca de 25.800m de queda livre.

- De acordo com o Guinness Book of Records, Eugene Andreev (USSR) detém o recorde oficial da FAI (Federação Aeronáutica Internacional) de maior queda livre. No dia 1 de Novembro de 1962, perto da cidade de Volsk, Andreev percorreu a distância de 24.500m, depois de pular de uma altitude de 25.458 m (83.523 pés) e só abrindo seu paraquedas a 958m do solo. Andreev aterrou com segurança perto da cidade de Saratov.

- Em Dezembro de 2006, Michael Holmes, um paraquedista Britânico, sobreviveu de uma queda de 13.000 pés (3.962m) quando o seu paraquedas principal e também o de reserva falharam na abertura. Ele caiu na Nova Zelândia, num arbusto de amora-silvestre, quebrou o tornozelo e perfurou um pulmão.

- No dia do idoso, de 2009, foi realizado um evento, no qual se proporcionou saltar pessoas com mais de 80 anos.

ONDE PRATICAR


Os experientes e corajosos podem inventar desafios, como é o caso do austríaco Felix Baumgartner. Já saltou do prédio mais alto do mundo, da estátua do Cristo Redentor e, como se fosse pouco, atravessou o canal da mancha com uma asa de fibra de carbono presa ao corpo. Pousou em Cap Blanc-Nez, perto de Calais, vivo.

Os locais para a prática, no entanto, são determinados conforme as características da região. O ideal para a atividade é pouco tráfego aéreo, espaço para o pouso e a questão do clima. Tempo chuvoso é péssimo sinal.

Azul do Vento – (19) 32460455 www.azuldovento.com.br

Escola Brasileira de Paraquedismo – (11) 32633023 www.ebparaquedismo.com.br

Extreme Moments – (21) 24988422
www.extrememoments.com.br


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